Lady GaGa: Mulher do Ano pela MTV

Lady Gaga é a Mulher do Ano para a MTV
Tour gigantesca, vídeos que se tornaram eventos e causas sociais fizeram parte do segundo ano consecutivo de Gaga como mulher do ano.

Lady Gaga não chegou a lançar um álbum propriamente dito em 2010, e de alguma forma, ela conseguiu se tornar uma estrela ainda maior. Isso teve muito a ver com o fato de que ela continuou trabalhando com o que ela tinha, a turnê infinita e os vídeos incomparáveis, da mesma forma com que ela se aproveitou da sua tão batalhada fama para tentar se tornar uma força de mudança social. Ela falou em voz alta e com orgulho em apoio aos direitos gays e em oposição a política do "don't ask, don't tell”, e, durante esse processo, ela se tornou a espécie de estrela que não vimos em décadas: uma sem medo de ofender, não importa o quanto ela tenha a perder.

E essa coragem, juntamente com o seu contínuo sucesso nas paradas e seus vídeos que passaram a ser eventos, é o motivo por qual escolhemos Lady Gaga como Mulher do Ano da Mtv. É o segundo ano consecutivo que ela leva essa honra para casa, merecidamente. Afinal, ninguém mais tem dominado o cenário musical e a cultura pop, como ela tem feito nos últimos 24 meses. Este ano, ela simplesmente dominou de uma forma diferente. E assim, em honra do seu reinado, está aqui uma retrospectiva de Lady Gaga em 2010, ano em que ela se passou de ícone pop para uma genuína força social.

Destaques de 2010

Gaga começou 2010 de uma forma muito parecida com que ela terminou 2009: em turnê. Em janeiro, ela impressionou o público com uma maratona de quatro noites triunfante no Rádio City Music Hall em Nova York e depois roubou o show no Grammy fazendo um dueto com Elton John, devidamente vestidos extravagantemente. Ela se juntou com Cyndi Lauper para a Fundação MAC AIDS na campanha Viva Glam e homenageou o falecido Alexander McQueen com uma performance no Brit Awards. Em fevereiro, ela começou a provocar tanto com a sua renovada Monster Ball Tour quando com seu próximo vídeo “Telephone” que iria tornar sua fama ainda maior.

Dirigido por Jonas Akerlund e tão cheio de coisas do tipo “se você piscar vai perder” e detalhes da cultura pop quanto uma maliciosa violência e quase nudez, "Telephone" estreou no dia 11 de março e basicamente, se tornou um vídeo evento contra o qual todos os outros seriam julgados. Os fãs adoraram, as celebridades também, e o clipe logo viraria a inspirarão de inúmeras homenagens no YouTube. É necessario dizer que, falaram de uma continuação logo em seguida.

Em abril, ela foi anunciada como umas das atrações principais do Lollapalooza e foi nomeada uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time. Em junho, ela deixou os fãs em pânico quando disse a Larry King que tinha sido testada "borderline positiva" para o lúpus e, em seguida, empolgou os mesmo com seu vídeo "Alejandro", que misturou Expressionismo alemão com simbolismo religioso. É necessário dizer que algum pensaram que ela foi longe demais.

Ela então disse a revista Rolling Stone que o seu novo álbum estava "pronto" e, em seguida, estreou a primeira música desse álbum, "You and I", no White Tie and Tiara Ball do Elton John. Ela começou outra leva da Monster Ball Tour em Montreal e, posteriormente, no Arizona, incentivou os fãs a protestarem contra a lei estadual de imigração. No início de agosto, ela teve uma 13 indicações para o prêmio Video Music (um recorde) e fez um show surreal no Lollapalooza.

No VMA em setembro, Gaga ganhou oito Moonmen (incluindo o de Vídeo do Ano) e anunciou que seu novo álbum seria chamado Born This Way. Mas aparentemente tudo que alguém queria comentar era sobre o seu infame "vestido de carne" que dominou fofocas de celebridades o restante do mês. Também é digno de se lembrar os companheiro que Gaga levou com ela para o show: homens e mulheres do Servicemembers Legal Defense Network, todos os quais tinham sido expulsos das Forças Armadas (ou proibidos de servir), porque eles eram gays.

Inspirado por suas histórias, Gaga começou uma campanha, muito grande, para ter legitimidade dos militares gays, acabando com "don't ask, don't tell". Ela convidou o líder da maioria no Senado, Harry Reid, para votar na revogação da medida e postou um vídeo com um apelo emocionado, pedindo a seus fãs para ligarem para os seus senadores pedindo o voto dele também. Ela realizou um comício improvisado em Maine visando conquistar a atenção dos senadores Olympia Snowe e Susan Collins. Por fim seus esforços falharam, senadores democratas foram incapazes de angariar votos suficientes para iniciar o debate sobre o assunto, embora isso Gaga permaneceu inflexível em seu apoio aos direitos gays, como o produtor RedOne disse à MTV News ”seu álbum Born This Way será sobre a liberdade".

Ela fechou 2010, passando a marca de 1 bilhão de visualizações no YouTube, sendo nomeado uma das 100 Mulheres mais poderosas pela Forbes e a Artista do Ano pela BillBoard. Ela teve seis indicações ao Grammy, colocou duas canções na contagem da MTV News, Top 25 de músicas do ano, incluindo "Telephone" no 10° lugar, e foi homenageado com oito estátuas de cera diferentes no Madame Tussauds. Ah, e depois, há a questão de Born This Way, que vem no início do próximo ano e, por todos os relatos, parece que vai ser muito grande. E certamente isso levanta uma questão: nesse momento, no próximo ano, estaremos entregando Gaga seu terceiro titulo de mulher do ano consecutivo? Nós não apostaria contra ela. Como ela já provou em 2010, tudo é possível.